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Crianças e consumo 15 - março - 2010

Posted by Marcos Reis in Citações, Datas comemorativas, Opinião.
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As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família¹. Isso pela permanente exposição da garotada a ações e campanhas que estimulam o consumo algumas vezes de forma inconsequente. Como reflexo do consumo exacerbado: obesidade infantil, erotização precoce, violência urbana pela busca exagerada de produtos caros e diminuição de brincadeiras criativas, dizem especialistas.

Para ampliar o debate e provocar uma visão crítica, o ministério público está desenvolvendo o projeto do Consumidor Consciente e, hoje, Dia do Consumidor, realiza seminário, no qual especialistas e alunos vão bater um papo sobre a questão. A ideia é estimular os jovens a questionar o consumo excessivo e o valor que é dado aos bens materiais em detrimento de outros, como ética e dignidade.

Fonte: Zero Hora, 15/03/10, pg. 20 – Maria Isabel Hammes  (bela.hammes@zerohora.com.br)

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1 – Pesquisa do TNS/InterScience.

Devo dizer pra ela abortar? 10 - março - 2010

Posted by Marcos Reis in Autoria própria, Citações, Opinião, Polêmica.
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Me arrisco a postar um texto mais longo, com um conteúdo polêmico e refletir sobre ele em um meio público. Qualquer caso de aborto é polêmico e envolve uma triste história. Porém sugiro 10 reflexões…

1. Se o aborto é a solução apenas para manter o status quo da rotina da mãe ou da estrutura familiar, é um ato de egoísmo.

2. Se o aborto é realizado em detrimento de questões financeiras, caracteriza uma inversão dos valores básicos da vida.

3. Se a mãe está preocupada com a vida futura do bebê, não é coerente que ela o impeça de viver.

4. Se o aborto é a solução para aliviar a culpa da mãe por um ato que ela poderia ter evitado, ele caracteriza um ato de egoísmo da mãe.

5. Para a infelicidade da mãe (mas para uma atitude coerente com a ética), se um filho gerado atrapalha os objetivos de vida da mãe, os objetivos não deveriam ser realinhados em detrimento da vida da criança?

6. Deve-se cuidar da mãe que aborta no sentido de tratar os possíveis traumas físicos e psicológicos da prática do aborto além de conscientizá-la sobre métodos contraceptivos.

7. Até que ponto é ético que alguém receba dinheiro pago pela mãe para realizar um aborto? Se a mãe foi injustiçada no ato da concepção, ela é novamente injustiçada por pagar por um ato que não é culpa dela. E quem recebe esse dinheiro pode ser considerado um ser ético?

8. A questão da legalidade ou ilegalidade do aborto não necessita de amparo da cultura religiosa. Não é produtivo abordar o tema aborto partindo de valores religiosos. Qualquer valor estritamente religioso é discutível.

9. Se a proibição do aborto numa gravidez em cirunstâncias normais é um ato de desrespeito com o corpo da mulher, o que dizer da legalização do aborto em desrespeito ao corpo do feto?

10. Em caso de abuso, estupro e real risco de vida para a mãe, cabe dar à mãe a chance de uma escolha. Esta escolha já está prevista em lei.

Sugiro refletir sobre o tema do aborto à luz do infanticídio de meninas na Índia¹, e de crianças em alguns povos indígenas no Brasil². Também sugiro assistir a um contraponto impactante do vídeo acima: “Gianna Jessen – Sobrevivente de um aborto (parte 1)”.

1 – As meninas que não nasceram (Notícias IPS) e Mulher indiana: vida de sacrifícios (extraído da Revista Portas Abertas, Vol 28, Nº3).

2 – Campanha Contra o Infanticídio Indígena (Video de hakani.org)

Um hotel, um problema seu 4 - março - 2010

Posted by Marcos Reis in Autoria própria, Citações, Curiosidades, Igualdade social, O homem e Deus, Opinião, Política.
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image Já viu esse hotel? http://bit.ly/aSnfgP

E já sabe disso? http://tinyurl.com/ybjh84y

Resumindo:

O primeiro link refere-se a um hotel em Abu Dhabi que custou US$ 3 bi e que oferece um pacote de uma semana de hospedagem  no valor de US$ 1 milhão (entre outras extravagâncias exorbitantes).

O segundo link leva a uma entrevista com Jacques Diouf¹, na qual ele afirma: para acabar com a fome no mundo bastaria um investimento anual de 44 bilhões de dólares no setor agrícola dos países pobres (gastos com irrigação, armazenamento e estradas. Também pode-se incluir investimentos em tecnologia transgênica). Ele também fala de quem é a responsabilidade:

É, antes de tudo, uma questão de tomada de consciência ao nível público, ao nível político. Porque não são os recursos que faltam. (…) Eis o problema. Ele é ético. O problema é moral. E é político. Esperemos que, agora, haja uma maior tomada de consciência – sobretudo porque houve motins em 22 países, com mortos – e porque sabemos que o problema da alimentação é, com certeza, um problema de solidariedade entre os humanos, mas é também um problema de paz e de segurança no mundo.

Assim, o hotel de Abu Dhabi não é somente um hotel luxuoso a ser admirado. Ele exemplifica um problema a ser observado: a desigualdade social.

A desigualdade social é um problema ético, moral, político (na mais ampla interpretação da palavra), o problema da falta de solidariedade, de paz e de segurança. Por isso é um problema dos cristãos. É um problema da Igreja. É um problema nosso. O problema está presente na nossa cidade, é um problema seu.

Deus nos faz sensíveis e inteligentes para perceber nossa responsabilidade como cristãos diante de tal problema, além de nos tornar criativos e nos dar as condições para agirmos agora, onde estamos. Basta estar disposto a viver o cristianismo em sua essência e integralidade.

Para ler: Mateus 5:1-20 (destacam-se os versos 5, 9, 13-16 e 20)

1 – Diretor-Geral da Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO);

Devoção 24 - fevereiro - 2010

Posted by Marcos Reis in Citações, O homem e Deus.
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"Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade..”¹

Pai Nosso"É relativamente fácil repetir as palavras do Pai Nosso como um papagaio (…). Orá-las com sinceridade, contudo, tem implicações revolucionárias." ²

"Santificado seja o teu nome"… Esta oração expressa um anseio de que Deus seja parte de nossa rotina, que nossos atos e palavras estejam carregados do amor e da sabedoria divinas. Isso transforma o nosso modo de agir de forma revolucionária.

"Venha o teu Reino"… Enquanto o que governa a sociedade de modo geral é o egocentrismo, o dinheiro e o poder, o reino de Deus vem sinalizar um novo cenário, um novo contexto de vida, baseado em amor incondicional e justiça plena. Desejar sinceramente o Reino de Deus implica em estar disposto e envolvido de forma prática na transformação social.

"Seja feita a tua vontade"

"A vontade de Deus é a vontade daquele que é perfeito em conhecimento, amor e poder. Por isso é tolice resistir a ela". ²

Nem sempre essa vontade se expressa de forma clara na religião e nas “formas clássicas” de viver uma vida “correta”. Nada melhor que pedir diretamente a Deus qual a sua perfeita vontade. Muito mais do que aquilo que queremos ou podemos imaginar, a vontade de Deus vai de encontro às necessidades mais íntimas de nosso coração, necessidades que nem nós mesmos podemos discernir. E geralmente Ele as supre de forma nada convencional.

"De onde menos se espera, dalí mesmo é que não vem. Além do que é sabido, além do que é sentido, ver além da máscara", já diria Gessinger. ³

Fica a dica pra quem está satisfeito com a vida do jeito que ela é: não perca tempo repetindo as palavras de Jesus em sua "devoção", vá curtir sua vida ao seu modo. O Pai Nosso não é oração pra quem está conformado, não é rasa e nem confortável.

    

1 – Trecho do Evangelho de Mateus, capítulo 6 versos 9 e 10;

2 – “A Bíblia Toda o Ano Todo”, John Stott, 1 ed., pg. 202;

3 – “Além da Máscara”, Humberto Gessinger – Pouca Vogal (.mp3)

Por que sou gremista? 7 - dezembro - 2009

Posted by Marcos Reis in Uncategorized.
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O Grêmio jogou muito! Honrou a camisa! Se o Flamengo ganhou, foi por merecimento, afinal, a gente não amoleceu pra eles! Por essas e outras q sou gremista!

Pra mim os torcedores que foram no aeroporto xingar o Grêmio por não ter entregue o jogo são uns imbecis. Não são gremistas, usam a camisa tricolor mas nem sabem o porquê. Afinal, antes de ser o principal rival do colorado, o Grêmio é um time gaúcho!

Todos sabemos o quanto somos “garfeados” em detrimento do futebol paulista e carioca. Todos assistimos a mídia (Globo) apoiando de forma acentuada o Corinthians, São Paulo, Flamengo, Palmeiras, etc… (Aliás, no primeiro gol do Flamengo, a falta do Adriano por obstrução com o braço direito foi clara!) E agora, quando temos a oportunidade de demonstrar a honra do futebol gaúcho, deveríamos abrir mão disso e entregar o jogo feito uns babacas?

O Grêmio cumpriu seu papel. Se não deu pra calar o Maracanâ, ao menos deu pra fazer Flamenguista chorar e temer o respeitado tricolor gaúcho. O Grêmio deu ao campeonato brasileiro uma final digna.

(E a propósito, como de costume, o colorado morreu na praia de novo. Hahaha!)

É isso que queremos? 24 - novembro - 2009

Posted by Marcos Reis in Citações, Opinião.
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Reproduzo abaixo a coluna publicada na Zero Hora de segunda (dia 23), escrita por Tanise Dovskin – jornalista e mãe. Uma reflexão pertinente. Grifos meus.

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Esquecer de um filho?

Causou comoção a mãe que esqueceu a filha de seis meses dentro do carro em São Paulo na semana passada. A menina não resistiu e morreu depois de ficar cinco horas trancada sob um calor de aproximadamente trinta graus. Como uma mãe pode esquecer um filho em algum lugar? Eu não consigo entender.

Mas antes de julgarmos essa mulher, que com a culpa que vai carregar pelo resto da vida também morreu parcialmente, vamos pensar sobre a loucura que vivemos.

Fazemos de tudo para sermos a melhor mãe, a melhor esposa, uma dona de casa dedicada, uma profissional exemplar. Lutamos tanto pela igualdade de direito com os homens. E agora, é isso que queremos para nós? Mulheres cansadas, esgotadas, às vezes incapazes de estar com seus filhos durante vários dias?

Não acredito que essa mãe seja um monstro nem uma assassina. Os colegas de trabalho contaram que ela sempre foi uma mãe zelosa, preocupada com os filhos.

No dia fatídico, ela trocou a rotina e alegou à polícia que a mudança no itinerário teria causado o esquecimento.

No que será que aquela mulher pensava na hora que estacionou o carro e desceu para trabalhar? Nos prazos que ela tinha para cumprir? Na explicação que teria que dar ao chefe por estar atrasada? Em como conseguir uma promoção para dar uma vida melhor aos filhos? No jantar romântico que prepararia ao marido à noite?

Não podemos querer sermos mil ao mesmo tempo e deixar a vida escapar de nossas mãos. É melhor abdicarmos de alguma coisa para termos o resto mais completo.

Eu sei que nada justifica uma mãe esquecer-se de um filho. Não existe nada mais precioso que nossos filhos. Eu posso estar longe, fazendo mil outras coisas, mas minha cabeça vai estar sempre na minha filha.

Que essa tragédia familiar sirva para que a gente possa refletir e prestar mais atenção em nossos filhos.

Já faço esta reflexão há alguns anos, mas geralmente sou considerado retrógrado e machista. Fico feliz que uma profissional bem sucedida e conceituada esteja também preocupada com as possíveis consequências da loucura que vivemos. Não que seja comum que filhos morram por negligência e que os pais morram parcialmente junto com eles. Mas é comum morrermos parcialmente em função da negligência com a rotina que nos é imposta.

A sociedade se deteriora geração após geração com a falta da educação dada em casa pelos pais. Os pais se deterioram sob um stress com o qual não há como lidar. E poucos se dão conta de que este é um estilo de vida insustentável.